25/04/2020

Feliz Aniversário - pra mim

Ana Carolina Carvalho

Oi, eu sou a Aninha. Gosto de rosa desde que nasci. Todo amor que vocês veem aqui vem de mim. Eu moro no coração da Ana Carolina. Sou o amor puro, que se entrega sem medo e sem reservas, como o bebê, a criança que sou. Eu fui muito desejada e amada, antes mesmo da barriga da mamãe, por Deus e Nossa Senhora e pelo meu anjo da guarda que me acompanha desde então. Quando eu nasci me pai perdeu o emprego e minha mãe chorava muito me amamentando. Minha sensibilidade e empatia nasceram aí. Compartilhei de momentos bem difíceis sem nem entender. Fui amamentada pouco tempo, uns 3 meses. Mamãe teve que se operar de urgência por conta de uma apendicite e não pôde mais me dar leite do peito. Mas não me faltou amor. Minha irmã sempre mordeu minhas bochechas e me apertou sem fim, acredito que por isso os abraços sejam tão importantes para mim. Me sinto acolhida e segura. Minha infância foi genuína. Subi em árvore, ralei o joelho, dancei, pintei, e descobri ser muito observadora. Analisei sempre tudo antes de colocar meus pés e me soltar. Era bem mandona, mas sempre tive o coração mole. O apreço por desenhos animados, pijamas, e os contos de fada me permitiram ser a mais sonhadora de todas. Vocês acham que suspiram pelos textos de romance por quê? Suspiram porque aqui não falta amor. E a pureza do meu amor pulsa no coração da Ana Carolina. Hoje é dia de festa. Hoje é dia de parabéns! Hoje também é meu dia. Feliz aniversário para mim! A criança que mora dentro da Ana Carolina 💝
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Oi, eu sou a Carol. Aboli o rosa nessa fase. Tive uma adolescência e transição para a fase adulta muito difícil e dos 15 aos 18, mais ou menos, exclui o amor. Na verdade eu tentei e sofri mais ainda. Meus pais me mudaram de colégio e foi a pior coisa que me aconteceu. Até hoje acho que tenho uma lacuna de aprendizado porque me sentia burra, inferior aos outros e muito incompreendida e mal amada. Mas como Deus me fez para o amor, fiz meus melhores amigos nessa fase. Meu primeiro beijo esperei dos 12 aos 16 por um menino específico e ele negou que havia me beijado. Foi um grande trauma. Passei mais de um ano sem beijar ninguém e perdi todo o resto de auto estima que o colégio já tinha destruído. Tinha vergonha de tudo em mim. Ia para a praia de tênis, por vergonha dos meus pés. Me afastei de Deus, me desconectei com a fonte de todo amor. Fiquei revoltada, reativa, atrevida, mal educada, sem filtro, grosseira. Todas as dores de amor eu sofri intensamente até findar os 20 e poucos. Amores mal sucedidos, traições, envolvimento com pessoas erradas, aventuras sem sentido, humilhações, síndrome do pânico, mania de perseguição, depressão. Fundo do poço. Porque vocês acham que os textos de dor são tão profundos? Mas também foi quando voltei para a fonte de todo amor, tive o colo de Jesus em um Seminário de vida no Espírito Santo, fui recobrando minha essência, criei o blogue, aumentei a intimidade com Ele, diminui as ciladas, mas ainda assim fui vítima de abuso de poder, tive minha capacidade intelectual posta a prova e dei um basta de tudo. E então pude enfim recomeçar. A terapia me ajudou nesse processo e a soma disso com a fé me fez voltar a sorrir, a abraçar minha missão de amar e espalhar amor por terrenos insólitos, mas sem a dor jamais seria capaz de compreender o significado das minhas cicatrizes e me questionar mil vezes antes de pensar em julgar alguém. Quando você é marcado pela dor profunda você consegue perceber que as reações exacerbadas são na verdade um escudo de proteção de quem já sofreu demais.
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Oi, eu sou a Ana Carolina, mas também sou conhecida como Carol e Aninha e outros apelidos diversos. Eu sou a soma das duas e a volta por cima. Saí do abuso de poder e comecei um novo ciclo. Não ia comemorar meus 30 anos, estava triste e ganhei a melhor surpresa de aniversário até então. Foi mágico. Jamais vou esquecer. Acabei me empolgando e de última hora comprei bolo, balão, reuni a família amigos e cantei parabéns pra mim com boca roxa e tudo. Bem gótica suave 😂 Comecei a planejar meu intercâmbio e a amadurecer. O amor cresceu e fui trabalhando melhor o que já havia sido plantado no finalzinho dos 20 e poucos anos. Comecei a enxergar amor em tudo com uma lupa e trouxe isso pra vida. Assumi como missão. Consegui organizar meu interno e até me engessei um pouco. Fiquei controladora, mas fui aprendendo a soltar. Nos 31 não estava com celular, tava apaixonada e fiz festinha bem simples de última hora em casa. Esse ano decidi que queria tudo colorido, que vírus nenhum ia me impedir de celebrar o dia mais feliz do ano para mim. O meu dia. Dia que eu nasci. Dia de celebrar a história que eu construí cheia de participações especiais. Tá tudo colorido. Com balões, bolo, amor. Muito amor. Amor por Deus ter me concedido a vida e essa missão. Amor pela minha família inteira pai, mãe, irmã, meus avós paternos e maternos (in memorian) minha vó de criação, tios, tias, primos e primas, sobrinhos e sobrinhas, afilhado e afilhada, amigas e amigos, por cada um que faz do podia ser cor de rosa uma família e me ajuda a espalhar sementes de amor pelo mundo. Esse é meu objetivo: ganhar o mundo falando de amor. E se não conseguir? Valeu a intenção e o trabalho de buscar isso diariamente. Olho para trás e me orgulho se quem eu sou hoje. Olho para as minhas cicatrizes e elas me lembram do que não devo mais fazer, dos erros que não devo cometer. Olho para frente e vejo um mundo passando por mudanças grandiosas e me sinto pronta para contribuir com o que sei fazer de melhor: amar e plantar sementes de amor. O amor cura. O amor sempre vence. E é isso que hoje aos 32 anos eu quero compartilhar com vocês. AMEM!

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© Podia ser cor de rosa • Ilustração por Juliana Rabelo Desenvolvimento com por