16/03/2016
Ana Carolina Carvalho

É estranho perder, ser abandonado, não ter retorno, parecer igual a todos os outros é tão esquisito como mendigar amor, já que o amor deve ser dado de graça, não deve ser pedido.
Ah, o amor... as vezes tão masoquista. Que louco, né? Aprendi um dia desse esse termo com alguém que me ensinou muito sobre a vida.
Masoquista =  pessoa que busca o sofrimento, a humilhação, ou que neles se compraz (cede por vontade própria).
Creio que todo mundo que já amou sozinho, mesmo não estando só,  e ser assim é algo comum, mas não deveria ser.
Ser masoquista em um relacionamento ( e não estou falando de sexo) é um caminho doído, e muitas vezes da perdição - como um vício em drogas; se sabe que é ruim, mas não consegue largar - e some o amor próprio, o orgulho, a falta de vergonha na cara. É duro ler isso, mas escrevo para que eu também possa ler e entender de uma vez que todas que um relacionamento é feito por um querer de dois buscando ser um só, sem sofrimento, sem humilhação e cedendo de forma equilibrada.

15/03/2016
Ana Carolina Carvalho


Crescer implica se permitir a uma série de coisas novas. Dentre essas coisas algumas sensações inimagináveis, algumas quebras de barreiras, algumas rupturas sem volta. Crescer implica não repetir os mesmos erros do passado, e sequer olhar para ele. Na bíblia a mulher de Ló virou estátua de sal por olhar para trás e não quero ter o mesmo fim - quando se olha pro passado uma parte de nós petrifica, não nos permite seguir -.
Nunca achei que seria fácil crescer, tomar as rédeas da própria vida, porém, diferente dos filmes americanos, não se cresce do dia para a noite e viver um dia de cada vez exige disciplina, paciência e um certo planejamento, mesmo que ele viva sendo readequado por fatores internos/externos que interferem na sua ideia prévia.
Crescer dói, mas é uma dor que depois protege, como as casquinhas de ferida - só não se deve arrancar - .
Diante de tudo que eu já vivi nessa vida tenho orgulho de cada cicatriz, pois todas elas foram verdadeiramente adquiridas e sentidas, valeu muito a pena cada uma delas. Sentir e viver verdadeiramente tem um preço e alto. Não ser dissimulado em um mundo onde as pessoas abrem mão de si mesmas para ser o que os outros esperam dela é no mínimo raro e o que é assim causa inveja, estranhez e, em muitos casos, um tal de sofrimento.
Mas tudo passa e o começo desse texto já virou passado para você. Aproveite o presente e seja verdadeiramente aquilo que você é, mesmo que amanhã você possa querer ser diferente, por você e sempre assim.



© Podia ser cor de rosa • Ilustração por Juliana Rabelo Desenvolvimento com por