31/10/2019

O que você quer ser quando crescer - A Carol no Canadá

Ana Carolina Carvalho

Talvez hoje possamos parar por uns 10 minutos e nos perguntar: o que eu quero ser quando eu crescer? E sim, essa frase faz sentido. Crescemos todos os dias, mas esquecemos de reconhecer. Talvez porque não cresçamos mais na altura e o ganho de peso já não é positivo como quando éramos bebês ou crianças, porém continuamos crescendo. Quem sabe queiramos retomar os estudos, começar outra carreira, terminar o namoro, não torcer mais pra time nenhum, fazer um curso de música. Podemos escolher sermos grandes quando crescermos e nós já somos. Somos grandes por dentro. Temos uma alma alimentada por alguém que transcende explicações que dá sabedoria em meio ao caos, força quando já não temos mais nenhuma. A vida muda o curso, nossas escolhas muitas vezes nos levam pra longe da vida idealizada aos 5, 6 anos de idade? Vou repetir a melhor parte: crescemos todos os dias. Podemos mudar nossas escolhas, caminhos e destinos. Quando chegar no minuto cinco da sua reflexão da uma olhadinha pra trás e vê o quando você já caminhou. Nossa! Olha lá. Lembra das escolhas que não vale a pena fazer de novo. Vê aquela que você não encarou porque não teve coragem ou não achou que era o momento ideal. Quer tentar de novo? Daqui a pouco o calendário zera. Amanhã já é novembro, mas antes mesmo dele virar podemos nos lembrar que todos os dias nós crescemos, nós plantamos, nós colhemos. É assim. A vida é contínua e mesmo que não nos atentemos a ela, ela passa e nos dá a opção de repensar!
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" O que você quer ser quando crescer?"

27/10/2019

O outono me ensinou que - A Carol no Canadá

Ana Carolina Carvalho



Todas as estações ensinam, mas o outono é a que mais toca o meu coração. Depois de dias de calor e sol de uma estação bem definida o outono vem como o patinho feio ( que de feio não tem nada) sem saber ao certo o que ele é. O outono pra mim é transição, para outros confusão. Tem dias de sol, de chuva, das duas coisas juntas. O verde vai dando espaço para o amarelo, o vermelho e tantas outras cores. O outono é a estação das múltiplas faces do eu. E, quando se experimentou de tudo, se testou, deu o melhor de si ao mundo, se guarda a energia, finca fortemente as raízes no chão e se alimenta de si mesmo, do seu melhor eu, do interior e exteriormente perde-se t-u-d-o. Se fica pelado no inverno, que ironia, não? Mas mesmo pelado se aguenta e depois se floresce na chegada da primavera.
O outono é o autoconhecimento, o amadurecimento, o ser beleza em meio ao caos, o estar presente mesmo se despedaçando. O outono ensina que, mesmo nos conflitos diários, nos polos extremos, na loucura do ser tudo e ser nada, vale a pena amar a si mesmo do jeito que é, pois quando isso acontece mesmo que (você) não seja a estação preferida de muitas pessoas, ao reconhecer seu próprio valor, sendo (você) a sua estação preferida, o olhar do outro muda porque você mudou o seu. O outono me ensina a me amar com a infinidade de defeitos e qualidades do meu (im)perfeito eu 💕

22/10/2019

Diferentes estradas - A Carol no Canadá

Ana Carolina Carvalho



Um dia diferentes estradas se cruzam e formam um só caminho. Quando isso acontecer você esquecerá seu cansaço e o seu medo de se envolver mais uma vez em relações vazias. Vai se sentir valorizada pela pessoa que é e vai sentir que o outro apesar de inteiro quer ter uma intercesāo da sua vida nele. Vai ser apreciada com calma e olhada nos olhos. Não vai ter seus sentimentos julgados como "piti", "frescura" ou "exagero", vai ser acalentada porque naquele momento a sua criança precisa de colo e seu adulto não está muito saudável para dar. O que você merece é alguém com estabilidade emocional para entender que nem todos os dias são bons e ajudar você a manter o seu equilíbrio e não tirar o que você possui. Você merece alguém disposto a arregaçar as mangas e fazer dar certo e não ficar enrolando com promessas de planos futuros que nunca sairão da idealização - disso você não precisa. Você merece alguém real que não prometa amor sem erros, porque isso é utopia, mas que prometa a fidelidade até o dia que for verdadeiro e recíproco. Que aja com responsabilidade, que esteja presente, que não queira só seu corpo nú e sim que tenha a ousadia de desnudar a sua alma, que sinta seus diferentes cheiros em diferentes situações, que segure forte a sua mão, mas que também a deixe solta para fazer o seu caminho. A intercessão é uma comunhão, mas não uma mesma vida!
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Por mais pessoas dispostas a relacionar-se com o outro, a descobri-lo, a senti-lo com os ônus e bônus que só a profundidade traz. A superfície dá uma ideia de segurança, mas o que é raso não é seguro, é superficial. Uma hora acaba sem ter deixado marca alguma. O vento leva, mas não produz frutos porque não houve esforço da semente. Se para a chuva cair do céu existe um trabalho por trás de duas nuvens juntas, porque você acha que para um relacionamento existir alguém vai amar só?! Coragem! Amar, assim como o mar, é para os fortes, bravos e destemidos. Destemidos, não inconsequentes.

18/10/2019

O amor cura - A Carol no Canadá

Ana Carolina Carvalho



O amor cura. Essa é uma das poucas certezas que eu tenho na vida, mas amar verdadeiramente não é tarefa fácil. Amar sem esperar retorno, sem querer ser visto, notado. Amar desinteressadamente é difícil. Aprender a lidar com a forma de amar do outro da trabalho. Alguns amam e demostram facilmente, outros tem uma forma de amar bem diferente, mais tímidos, sem tantas explosões. Encontrar o equilíbrio entre a sua forma de amar e a forma do outro amar é missão para toda a vida. Não saber como agir, entender que uma ou outra atitude pode ser considerada invasão, respeitar o silêncio e o espaço. Até mesmo deixar ir para que se descubra outras formas de amar o que se foi. Amar na prática não são só flores ou cadeados com nomes escritos. O amor não é tranca é porta aberta. E nesse desafio diário de aprender a amar aconselho que você aprenda a amar todos os seus eu's que moram em você. Eu estou tentando fazer isso também 💕

16/10/2019

Continue a nadar - A Carol no Canadá

Ana Carolina Carvalho



A Dory diz:. continue a nadar. Como nós não vivemos no mar precisamos lembrar de continuar a andar, não desistir. Precisamos sim de pausas estratégicas porque somos humanos. Nós decepcionamos, choramos, mudamos de planos. Achamos que regredimos. Nos vitimamos. Perguntamos porque não conosco toda aquela vida boa do outro, mas sabe o que eu tô aprendendo? Que nós somos o nosso veneno e também o nosso antídoto. Que o nosso cérebro trabalha a favor e contra nós, depende das escolhas que fazemos. Às vezes fazemos boas escolhas, quebramos padrões, mas ele (o cérebro) preguiçoso e acomodado tende a nos puxar para padrões anteriores. Por isso é tão difícil quebrar ciclos viciosos, se livrar de relacionamentos abusivos, ou simplesmente se dar uma nova oportunidade sem querer usar as velhas roupas (leia-se atitudes, comportamentos, rotina). Mudar leva tempo, mas mas do que isso, mudar exige decisão. Em cima do muro não se é feliz. Continue a andar mas pare um pouco para pensar se está nadando em círculos ou buscando um rumo a seguir. Eu andei, mas precisei de um bom tempo sentada no banquinho do " como eu vou fazer isso" e, provavelmente precisarei de mais um tempo nesse mesmo banco quando voltar 💕

13/10/2019

Providências - A Carol no Canadá

Ana Carolina Carvalho




O cenário é bem colorido como a maior parte dos meus dias aqui, mas não devo negar que nas janelas de tempo meu pensamento me levanta algumas questões:
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💭 Como vai ser quando voltar?
💭 Você vai continuar com o blogue?
💭 Vai torná-lo um negócio?
💭 Vai começar outra carreira do zero?
💭 Vai abandonar tudo e ser freira?
💭 Vai se permitir ser encontrada por um novo amor?
💭 Vai embora para outro país?
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Às vezes divago em meus pensamentos e o resultado não é muito bom. Gera ansiedade, traz o medo. Como se o meu cérebro pregasse uma peça para que eu não pudesse ser feliz na totalidade. Isso já aconteceu com vocês? .
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A parte adulta traz de volta ao presente, com esforço, espanta os balõezinhos dos pensamentos e mostra que existe cor. .
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O passado não volta. O futuro pode não chegar. É preciso aproveitar o hoje. .
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Não tenho resposta para nenhuma das questões acima. As separei numa caixinha de "providências a serem tomadas" e as visitarei em breve, quando voltar.

09/10/2019

Sobre a saudade de casa - A Carol no Canadá

Ana Carolina Carvalho


Nem todos os dias são fáceis. Da saudade de casa, principalmente das facilidades de ter as coisas na mão sabendo o que fazer, como fazer, o que falar. Da saudade dos costumes, da zona de conforto, dos amigos, do sol e do aconchego do lar. Da saudade até da academia e da comida simples; de um arroz com ovo, de um café com pão. Da saudade de falar saudade e ser entendida, mas na contra mão de tudo isso dá um orgulho enorme de cada nova marca adquirida. De cada lágrima escorrida, de cada semente de amor plantada. Eu estou aprendendo que o meu lar sou eu mesma. Que meu corpo é templo sagrado e a minha cabeça a linha tênue entre céu e inferno. Estou aprendendo a respeitar os meus limites e a me jogar no desconhecido. A me perder para me achar. A não me permitir ir quando sinto um sinal. Sim! Estou aprendendo a ouvir a minha intuição e a seguir sem olhar para trás o que poderia ter sido, mas não foi.



© Podia ser cor de rosa • Ilustração por Juliana Rabelo Desenvolvimento com por