29/05/2016
Ana Carolina Carvalho

Um final de semana com a trilha sonora: mar, vento e areia. Ela não precisou de mais nada. Após um mergulho resolveu todos os problemas e decidiu, simplesmente, viver.

27/05/2016
Ana Carolina Carvalho


Ela me faz tão bem que a minha vontade é ficar observando-a para sempre, mas ela costuma dizer que "para sempre" e "nunca" são muito distantes, iguais aos reinos de contos de fadas.
Ela é tão bela que mesmo fora do padrão de beleza imposto, não me incomodo em aceitá-la exatamente como ela é: assanhada, gordinha, menor do que eu, estabanada, e nada delicada.
Ela é minha alegria diária e minha tranquilidade em dias conturbados. É minha bebinha mais sóbria porque odeia ser chamada de bebinha, mesmo quando coloca o copo na pia do banheiro e diz: " AMOR! A cozinha esta muito diferente." e ai de mim se disser que ela é que está no lugar errado.
Para ela eu ofereço o que ela merece e ela merece meu melhor, pois e exatamente isso que ela extrai de mim!

19/05/2016

As coisas que aprendi sobre ele

Ana Carolina Carvalho


Eu aprendi que ...
*não importa a maneira que eu explique algo, ele sempre vai entender tudo errado e cada vez que eu tentar explicar vai ficar pior ainda;
Eu aprendi que ele ...
*repara em tudo: do meu sorriso falso a minha gargalhada da alma, mas finge que não me conhece só porque sabe que me irrita;
*cozinha super bem e sabe harmonizar vinho com diversos queijos - isso me deixa contente e envaidecida (sempre quis alguém que me acrescentasse finesse);
*possui caras e bocas sem fim que me tiram do mau humor em segundos e que me fazem retornar a ele num piscar de olhos;

Aprendi, por fim, que ele sabe como ser tudo que eu preciso: colo, carinho, afeto, lembrete, farmácia, amor, sexo, romantismo, tesão, espelho, ouvidos, respeito, espaço, e principalmente silêncio!

Ana Carolina Carvalho


O erro é sempre o mesmo, voltar para a frase de um filme: "nós aceitamos o amor que achamos merecer.", pela primeira vez, contrariando todas as regras e a lista de homem ideal ela aceitou o amor que achou merecer e era um amor tão tranquilo, tão cavalheiro, tão puro, tão forte, tão cheio de tesão, mas não só isso. Feito de cumplicidade, de beijinhos com gosto de pizza, sushi, suco, chocolate; beijinhos frios, mas por conta do gelo, e quentes, por conta dos hormônios em ebulição.
O problema dela é a síndrome de Felícia "Eu vou te abraçar, te beijar e te apertar até seus olhos pulares para fora e eu destruir todos seus ossinhos..." e, assim, ela sempre afasta quem mais quer manter por perto. Afasta por querer cuidar demais, por querer ficar sempre coladinha, por mostrar seu lado carente e querer compartilhar e viver a vida junto, mesmo que amanhã acabe.
Ela sempre ela. Errando nos mesmos pontos por se entregar demais. Será, moça, que não seria bom seguir mesmo o celibato?

Ana Carolina Carvalho

Tô com saudade da sua melhor versão, já que quando você sorria eu transbordava amor.
O combustível secou justamente quando entrei na reserva.
Viramos dois estranhos brigando e discutindo por coisas que antes nos faziam rir.
Onde nos perdemos? Por qual motivo ficamos tão distantes de nós mesmos?
Precisamos cuidar de nós, das nossas feridas e voltarmos inteiros, não para a nossa relação, mas para a nossa (cada um na sua) relação com o mundo.

Ana Carolina Carvalho

As vezes nos achamos insubstituíveis e que tolice. Não somos. O mundo não pára porque alguém morreu, mudou de empresa, terminou o namoro... Esquecemos que somos insubstituíveis, suficientemente, para nós mesmos e que o excesso sufoca, até o de zelo.

12/05/2016
Ana Carolina Carvalho


Se tem uma coisa que testa a minha paciência é a tal da caixinha do nada. Você sabe o que é? Aquela caixinha que os homens se escondem quando querem simplesmente pensar em nada, nada mesmo, nem sequer na morte da bezerra.
Deve ser alguma necessidade básica que eles possuem. E digo eles porque não acontece com um só #oremos. Eu tenho, de fato, problemas com essas caixinhas do nada. Minha vontade é de entrar nela, invadir e fazer a MAIOR ZOADA , mas como tenho educação e aprendi a respeitar o próximo, não invado, fico observando, de segundos em segundos , se a caixinha abriu para eu poder resgatar aquele que se isolou e trazer de volta ao convívio social.

Ana Carolina Carvalho

Meu amor, quando você sentir saudade procure a lua, vai ver por meio dela os meus olhos clamando por você. Com saudade do seu corpo no meu, dos seus carinhos, do contato com a sua respiração e do seu coração que eu sentia ao ouvir as batidas enquanto recostava no seu peito.
Quando eu olho para ela, eu desejo voltar à nossa cidade para relembrar os passeios à noite onde ela era a única testemunha que realçava a beleza do seu olhar.

11/05/2016
Ana Carolina Carvalho

Minha menina, mulher, artista de circo, equilibrista. A que suja a cozinha de farinha de trigo para ter pegadas na neve que nunca pisou.
Seu cheiro no travesseiro é a lembrança mais latente de nós.
Li uma frase que me lembrou você:
"Não à toa o símbolo do cupido que provoca as paixões é um coração flechado: arma pontiaguda num órgão vital é sinal de dor e morte iminente."
Estou sangrando e diferente da cena dos primeiros dias de aula onde a criança pega a mochila, dá tchau, curte o dia inteiro, mas no final do horário volta correndo aos braços dos pais; você pegou a mochila, deu tchau e foi desbravar o horizonte...
A mim sobrou a flecha quebrada e um coração a ser costurado.

09/05/2016
Ana Carolina Carvalho

Não pensa. Sinta.
Não exagera. Minimiza.
Não chora. Sorri.
Vive como a brisa que te bate o rosto. Seja leve. Re(leve). Tudo flui.
O mundo não vai acabar amanhã se a louça continuar suja. Nem você. Nem eu. Nem o amor.



© Podia ser cor de rosa • Ilustração por Juliana Rabelo Desenvolvimento com por