29/01/2016
Ana Carolina Carvalho

Te amo!
Simples assim, dessa forma descomplicada.
Te amo porque você é livre e nós dois podemos ser inteiros.
Te amo porque você me conquista diariamente, mesmo não concordando com meus dramas.
Te amo porque estou inteira e pronta para verdadeiramente amar alguém depois de mim.
Vamos tentar e se não der certo continuaremos inteiros, mas esqueçamos essa parte grifada.

26/01/2016
Ana Carolina Carvalho


A cena se repete e ela chora copiosamente, mais uma vez. E não, ela não pode dizer: "ninguém me avisou..."

O erro foi o mesmo: confiança. Achar que era uma via de mão dupla. Contar segredos, sonhos, partilhar a vida com a pessoa errada, mas parecia tão certa...
Algumas amizades machucam, outras tornam-se confusas e fora de controle. O que dizer quando o que era pra ser de dois (da amizade), passa a ser de três sem o consentimento de uma das partes? Nada! Não se diz absolutamente nada. Silencia, como um luto. Já dizia Martha Medeiros: "Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente."
Amizades, teoricamente, são amores eternos. Lamentavelmente e simultaneamente algumas são amores para uns e paixão para outras. Quando é paixão não dura. Mexe em tudo, se compartilha tudo, se confunde e no final das contas ela se apaga, literalmente.

Ana Carolina Carvalho


Em cima do muro não dá pra viver pra sempre, nem se auto boicotando, nem sendo incoerente consigo mesmo e a ficha só cai quando alguém de fora chega e diz: "PARA! Sua vida está nos eixos, equilibrada. Porque frear no meio? Medo de quê? Você não fez nada errado."
E de fato não fez. Fez tentativas e isso é bom, ajuda a crescer. Abrir mão das coisas e encerrar ciclos nunca foi seu forte, mas dessa vez obrigue-se a isso.
Bater de frente com a porta não é bom, mas é necessário até reparar na maçaneta, abri-la e ir em busca de algo melhor.
O melhor de si em algo bom pra si mesmo é um excelente motivo para querer continuar onde se está.

Ana Carolina Carvalho

Será que tem volta? Será que ele volta ? Será que eu voltarei a ser quem era ou serei um novo "eu" depois dele.
Entre choro e alegria, dor e saudade, medo e certeza, dúvidas e coragem, covardia e dó. Entre ciúmes e relaxamento vem a lembrança gostosa dos nossos abraços, dos cheiros, do nosso amor. Ah o nosso amor. Todas as carícias e os momentos íntimos. O jeito que cada toque seu descobria minhas sensibilidades mais secretas. O jeito como abria a porta do carro e segurava o guarda chuva... Ele pode não voltar. Posso eu também não querer mais mesmo que ele volte e tudo pode ser diferente, mas as lembranças serão iguais e vão arrancar sorrisos, afetos e amor, muito amor.

22/01/2016
Ana Carolina Carvalho


Eu adoraria fugir com ele da mesma forma que adoraria que ele me falasse a verdade. Com ele aquele ditado: "promete como sem falta e falta como sem dúvida" é uma máxima, infelizmente.
Ele tem um quê de pateta que me envergonha e me atrai. Ele tem olhos pequenos, e quando ri os esconde por conta das bochechas enormes e ainda assim eu adoraria fugir com ele. Me lançar sem nenhum medo já que quando estou ao lado dele tenho paz, mesmo não tendo nenhuma certeza.
Eu o amo e é tão sincero, tão inocente e tão bom que parece não ser de verdade - não é mesmo - . Ele é, eu sou, somos de verdade, sim. Ainda bem. Mas o nós não, não do jeito que eu queria, não com a intensidade que eu queria, não com todo o potencial que almas irmãs podem desenvolver quando juntas.
E crescer também significa administrar as frustrações e extrair o melhor que pode ser.
Fico ótima sozinha, mas com ele ganho um brilho especial.

21/01/2016
Ana Carolina Carvalho

GRITAAAAAAAAA!!!! EU PRECISO OUVIR !!!!
Foi dessa forma que ela me encarou pela última vez com as veias do pescoço pulsando. Ela mandava eu gritar, gritando e a minha vontade era de rir, de lamentar que ela tivesse perdido tanto o equilíbrio, ao mesmo tempo a minha vontade era de lhe calar a boca com o beijo que a deixasse sem ar e dizer: respira, vamos começar de forma civilizada, mas não ia adiantar. Provável que geniosa como é me desse um tapa no rosto, me chamasse de abusado, pegasse a bolsa e fosse embora.
Eu não gritei. Fiquei observando-a gritar e gesticular como a louca que de fato ela é. Não quis me indispor mesmo sabendo que era o fim. Não quis dizer que não a amava mais, porque eu ainda a amo. Só quis me aventurar em outras histórias enquanto ainda estávamos juntos. Ela descobriu. Não perdoou. Fui o sacana. Ela a desequilibrada e tonta. Mas saí na vantagem: ela precisa da resposta e eu não dei. Ela virá mais uma vez e nessa oportunidade eu farei diferente. Não disse porque pra mim ainda não acabou.

Ana Carolina Carvalho

Oi,
preciso te dizer adeus. Você não me faz bem, me deixa triste, me coloca pra baixo, me deixa desleixada e não me faz sonhar. Você suga minha energia vital como um dementador ( personagem dos livros Harry Potter os dementadores se alimentam de felicidade humana, e, como consequência gera depressão e desespero) e eu não quero mais isso, não quero mais você.
Eu quero vestir meu melhor sorriso todos os dias e trazer amor aos que comigo convivem. Eu quero plantar sementes em terrenos insólitos e cuidar para que, ainda assim, elas germinem. Eu quero ser livre e para isso você precisa ficar aqui: parada, imóvel, com os piores pensamentos do mundo. Talvez você morra sugando a sua própria tristeza.
Não volte a me procurar. Não estou mais disponível. É hora de ousar.

20/01/2016
Ana Carolina Carvalho


O silêncio se fez presente e se tornou eterno.
Contar essa história de traz pra frente não faz nenhum sentido, mas contá-la no início também não, pois ela não teve sentido algum.
Foi uma energia louca desperdiçada entre tantos, tantos, mais tantos eles em um ele só. 
A capacidade de polarização deste individuo me deixava tonta, quer dizer, me deixou eternamente tonta como o silêncio entre nós.
Nenhuma carta, nenhuma ligação, toque, beijo, "você é única", "sua louca", nenhuma dança a dois, nenhum bolo a quatro mãos...
O barulho dos meus pés descalços no piso de madeira é o único som que presencio na nossa, (respira fundo e solta o ar), na minha sala de dança. As tábuas absorvem o impacto da ira, da magoa, da saudade e rompem o silêncio, que da forma dele grita e entende minha dor.
É hora de enxugar as lágrimas, o suor e voltar a fazer barulho.

01/01/2016
Ana Carolina Carvalho

Como pode ter sido tão perfeito e não ter dado certo. Será que a perfeição só existiu nos meus pensamentos ? Ah, meu querido. Hoje ao te ver meu coração acelerou tanto que achei que ele sairia correndo sozinho por aí, baratinado, sem rumo... E ele quase fez isso. Parei instantes e pensei se em algum momento você ainda pensa em mim. Se alguma lembrança minha ou nossa ainda é tema de algum pensamento seu.
Sorri ao te ver, mesmo que por dentro e só pra mim. Você continua lindo, aproveitando a vida ao máximo e é isso, meu amor, que eu quero aprender.



© Podia ser cor de rosa • Ilustração por Juliana Rabelo Desenvolvimento com por