04/11/2019

Os livros e eu - A Carol no Canadá

Ana Carolina Carvalho



Um dos meus lugares favoritos no mundo é dentro de um livro. Você leu certo mesmo. Muitas vezes os livros me salvaram de pensamentos ruins e me levaram a imaginar histórias e fugir da realidade difícil. Aprendi com "Ventinho Gostoso e a Gotinha de Orvalho" o valor da amizade. Com "Tum-Tum o menino índio" a reconhecer e honrar as raízes. Aprendi com "Mariana" como ser uma adolescente é difícil e com As drogas do amor, da amizade, entre outras de Pedro Bandeira como uma boa narrativa tem seu valor. Os livros nunca foram uma obrigação para mim porque sempre me ensinaram a sonhar. Até mesmo os técnicos que falavam sobre funções do cérebro e comportamento humano. Alguns me ensinaram a persistir porque a leitura truncada me fazia ler uma página e descansar 10 dias, principalmente os sobre organização do tempo e proatividade. Não tenho um autor favorito. Não sou daquelas pessoas que responde enquetes com facilidade, por exemplo: comida favorita, filme, livro, lugar, porque sou plural. Gosto de conhecer muitas coisas e já desapeguei dessa de ter que saber dos clássicos e falar coisas difíceis para ser melhor vista. Eu sou da simplicidade do cordel feito de rimas prontas, sou da pluralidade que permite que a rima do caneta azul, azul caneta, chegue a ser o tema mais falado e tudo bem. Os livros ensinam que quem não sabe escrever também escreve, estranho né? Mas para escrever na alma você não precisa de palavras rebuscadas ou de difícil interpretação. Você não precisa de títulos ou de prêmios. Você precisa por amor. Amor no que faz em tudo. E então você vai escrever o livro mais bonito para ler todos os dias: o livro da sua vida. Cheio de histórias que mesclam romance, ação, drama, suspense, terror. Que brincam com a fantasia da sua criança, que trazem a seriedade do seu adulto e a docilidade da sua velhice. Quando você escreve rápido ou devagar você vai no seu ritmo tentando fazer o melhor que pode. E às vezes não sai nada. Passa em branco, na teoria, mas na prática sempre há um traço da tentativa de ser, de fazer de estar. E tentar já é um grande passo. Eu tô por aqui tentando escrever crônicas, poemas, histórias. Tô por aqui escrevendo páginas da minha vida que as vezes ficam incompletas. Viro a folha e começo outra vez. Um dia novo, uma nova folha e a inspiração vem. Vem como algo divino, como algo inesperado, fruto da paciência de se permitir ler, ser, estar e repousar. Descanso. Ele é necessário para aproveitarmos a jornada 💕

Comentários via Facebook

0 comentários:

Postar um comentário



© Podia ser cor de rosa • Ilustração por Juliana Rabelo Desenvolvimento com por