13/07/2019

Corações de pedra

Ana Carolina Carvalho

Hoje vou contar a história de alguns corações que deixaram de ser de carne e passaram a ser de pedra, mas como toda narradora, olhando a situação e os fatos, não os posso julgar. A vida os tornou assim.
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Eles eram corações bem rosados, vermelhos, pretinhos. Cresceram rodeados de amor e esperança e se depararam com muitos corações já cansados, fatigados, difíceis. Insistiram em mostrar o que haviam aprendido: que o amor cura e supera tudo, que vale a pena o tudo fazer por amor, e que se cada um fizer a sua parte da certo. Foram fuzilados com olhares de: "- Vocês acham que não tentamos? Olhem a volta de vocês. Corações se transformando o tempo todo em pedra cansados da dor de amar." Então, os rosados, vermelhos e pretinhos, foram perdendo a cor, adquirindo um tom cinza e uma casca dura. Até que um dia todos eram de pedra. E as emoções foram escondidas por medo de se magoar, de se abrir. Ficaram assim por muitos anos até que um dia um sufocamento atingiu um recém transformado que começou a bater, bater, bater aceleradamente! Havia descoberto que ainda vivia e que (sim!) era verdade que o amor supera tudo, que independente das circunstâncias se pode mudar ou se mudar, criar um mundo novo, o seu próprio. Ele insistiu, quebrou a casca, voltou a ser de carne e a ter cor. Vermelho, pretinho, branco, amarelo. Era um arco-íris, um sinal de aliança. Se tornou forte e por não desistir de amar foi inspiração para os outros que se sentiram motivados novamente a viver.
Fim!
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Acharam que os corações iam continuar de pedra? Cedo ou tarde eles se abririam para o amor novamente, pois foi pelo amor que nasceram e é por ele que vivem.
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Não desistam do amor e nem de amar. Não se perde nada, acreditem nisso! Sejamos corações de carne. Sejamos luz. Façamos a diferença. Eu acredito no amor e você?

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© Podia ser cor de rosa • Ilustração por Juliana Rabelo Desenvolvimento com por