Amar o difícil

A vontade é de largar tudo e dizer: acabou! Vou embora! Se vira! Po#@$! Tá pensando que eu sou o quê? Cadê a sua sensibilidade? A parte que você baixa a guarda e fica sossegado? Acabou para você?! Para mim também! Então o que é isso que temos? É por eles? Ou pela nossa covardia de assumir o medo da solidão. Assumir a preguiça que é "voltar pra pista?".
(Inspiração profunda. Expiração. Ideias se organizando)
Onde foi que nos perdemos? Quando foi que deixamos de nos amar na dificuldade? Lembra aquela frase clássica: qual mérito amar só nas coisas boas? Ei, amor! Olha para mim. Estamos passando por um momento difícil e amar o difícil não é simples. Dói. Machuca às vezes, mas vale a pena, sabe? Como eu sei disso? Olha tudo que construímos, quantas coisas passamos juntos. Nossas viagens de ônibus, aquele perrengue nos shows de virada de ano, as pastas de dente no rosto nos carnavais da vida. Tá confuso, né. Eu também tô. Talvez precisemos respeitar nossos espaços, nossas crises internas para podermos seguir. Não é só alegria, mas amar você sempre me fez ver a beleza das rosas, apesar dos espinhos...