25/09/2019

Dependência afetiva

Ana Carolina Carvalho

Uma espécie de vício. Você está curtindo a sua vida, pleno e feliz e aparece alguém do nada. Aquele alguém que faz você tremer na base e achar que enfim chegou o tão sonhado momento do felizes juntos. A primeira semana é só alegria, mas a cada encontro o envolvimento aumenta e a plenitude e felicidade vão sumindo aos poucos. Não porque se quer, mas por medo de perder. A base não é sólida e começa a ruir, pois o medo de perder fica cada vez mais presente. Começa a se sufocar ( a si mesmo e ao outro) e o romance perfeito vira pesadelo. Para não perder começa a agradar demais, já não discorda e acaba perdendo a si mesmo ( gosto pessoais e até das próprias necessidades). Se faz de tudo para ser "A pessoa" que o outro vai procurar quando precisar de ajuda e o querer bem a si mesmo começa a virar uma lembrança. Não há segurança em nada, existe sim uma bagunça, um olhar o celular de 5 em 5 minutos e se a mensagem não vem aquele mar de tristeza profundo invade. É, de fato, uma dependência e causa dor. O medo de ficar só e a falta de confiança em si mesmo são grandes fatores disso, não só em relações afetivas românticas, como familiares e amizade. Fortalecer seu lado seguro e saber que é saudável que cada pessoa tenha seu espaço é um antídoto para essa dependência. Não é fácil, principalmente quando se vem há bastante tempo nesse mesmo padrão. Quebrá-lo é importante. Deixar de ser o bibelô da estante alheia, parar de ficar esperando por quem ficou de vir sem fazer nada. Por vezes a ruptura tem que ser bruta para evitar recaídas, mas se caiu e ligou, implorou, mendigou, levante e tente outra vez. Somos humanos. Tenha fé em você e em Deus. Alguém lá em cima sabe de todas as coisas e Ele cuida. Tente fazer a sua parte. Por aqui, quando eu me vejo nesse perfil, eu tento fazer a minha parte entre suor e lágrimas, caindo e levantando, mas seguindo em frente da forma que dá.

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© Podia ser cor de rosa • Ilustração por Juliana Rabelo Desenvolvimento com por