18/12/2016
Ana Carolina Carvalho

Achei que não ia sentir nada, mas estava apreensiva em sentir tudo. Em estar de novo no lugar que tudo começou. 
Eu senti tudo!

Cheiro, carinho, afeto. 
Senti laços que foram construídos e que permaneceram laços, não viraram nós apesar da distância, de como tudo acabou. 
Aprendi que o amor que um dia foi sentido não morre só muda a forma de expressar. 
Me senti amada, mais uma vez amada e integralmente amada. 

Na verdade nunca deixei de ser; a foto colocada em um porta retrato no meio da sala me faz perceber. 

A relação afetiva homem e mulher acabou, mas a relação família permaneceu no sorriso da mãe dele ao me ver, da irmã dele ao cozinhar para mim e me da a tarefa de arrumar a árvore de natal, da sobrinha dele ao me chamar de tia e dizer: "dorme aqui hoje, por favor." 

A semente que se planta, colhe. Eu plantei tanto amor em cada cantinho, com tanto carinho, tanto zelo, que a prova disso é que nunca saí do coração da família mesmo saindo do coração de quem me fez conhecê-la. 
Não me arrependo de nada e faria tudo de novo. Com a mesma autenticidade e honestidade. 
Cada um deve fazer a sua parte. Saber sair com a mesma classe e amor que chegou é a parte que jamais devemos esquecer. 

"Ninguém perde ao dar amor, perde é quem não sabe receber." 



*texto originalmente publicado no instagram @podiasercorderosa

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© Podia ser cor de rosa • Ilustração por Juliana Rabelo Desenvolvimento com por