10/12/2020

Dedicatórias

Ana Carolina Carvalho

 Enquanto eu escrevo uma dedicatória eu penso em várias coisas e por vezes não penso em nada, simplesmente flui.

Ao escrever a minha dedicatória a mim mesma eu chorei. E fiquei durante muito tempo chorando com a caneta na mão.

Qualquer conquista, por menor que seja, deve ser celebrada ao máximo, mas, ser humano imperfeito que sou, não demoro muito desfrutando as minhas, porque a auto cobrança e a cobrança externa já dizem logo: "ok, what's the next?"

Take easy, baby. Vamos desfrutar um pouco mais. E num desses momentos de plenitude e amor brotou isto:

"Eu tenho muito orgulho de você; da mulher amável e firme que se tornou. Sinto um amor imenso por cada uma das suas versões e as vejo em você. Sua criança - nas ideias malucas e nos olhinhos que brilham ao ver doces e presentes. Sua adolescente - na desconfiança com o nome "novo", nas coragens tresloucadas e nos medos bobos. Sua adulta saudável - com a fé sólida e o amor desinteressado. E eu, sua voz interior fico aqui observando de forma atenta. Eu sou o Espírito Santo que habita em você. Obrigada por assumir sua missão. Com amor, Deus."

Ele mora em cada um de nós. Para ouvi-lo basta silenciar. Eu? Cada vez mais grata, apesar das minhas misérias, a Ele que tudo pode.

#podiasercorderosa e quem disse que não é?

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© Podia ser cor de rosa • Ilustração por Juliana Rabelo Desenvolvimento com por