17/11/2016

Que horas te vejo ? Que horas te beijo ?

Ana Carolina Carvalho

Tava relendo as cartas e vendo como ela era feliz comigo. Como o sorriso era fácil e como tinha uma forma própria e única de sensualizar sem querer.

A inteligência dela para umas coisas confrontava com a ignorância para tantas outras, mas eu amava quando vinha tirar dúvidas sobre a vida.
A diferença entre nós em idade era grande, mas ao lado dela me via menino, moleque, tratando tudo como se o dia nunca fosse acabar.
Um dia ela me perguntou se a cota de beijos dela do dia estava garantida e eu respondi: "Que horas te vejo ? Que horas te beijo ?"
Foi tão intensa a relação, tão mágica e tão completa.
Gostaria de beijá-la todos os dias até hoje, de tê-la em meus braços, de crescermos juntos. Ela do jeito dela e eu do meu.
Foi uma menina muito especial para mim e ainda o é, mas insisto em não deixá-la aproximar-se de novo. Não quero que ela sofra mais uma vez e como ela é intensa, sei bem que sofre como se nunca mais fosse amar outra vez.

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© Podia ser cor de rosa • Ilustração por Juliana Rabelo Desenvolvimento com por