07/11/2015
Ana Carolina Carvalho


Puxo o ar e ele vem com dificuldade, como se eu tivesse acabado de  correr uma maratona. E é o equivalente. Fui atrás dela como o coyote atras do papa léguas e assim como o vilão do desenho animado , me dei mal. 
De vilão não tenho nada, a não ser a libido, a vontade de puxar firme os longos cabelos dela e arrancar-lhe a roupa.
Ela tem um jeito suave, ao mesmo tempo firme e direto. Não leva desaforo pra casa e o que a incomoda ela diz. Isso me faz pirar. 
Ela me manda beijos de longe e eu pisco o olho. Ela me dá língua e a minha vontade é chegar bem perto e roubar, em um longo e profundo beijo, essa parte do corpo dela pra mim, mas, na verdade mesmo, eu queria roubá-la toda. Beijar-lhe a nuca, passar as mãos pela cintura e me concentrar em quantas curvas posso fazer pelo caminho...
Enquanto isso não acontece, corro buscando uma brecha, um espaço, que ela dê para eu recuperar meu fôlego, roubando o dela.

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© Podia ser cor de rosa • Ilustração por Juliana Rabelo Desenvolvimento com por