29/09/2016
Ana Carolina Carvalho

Entrei em casa, abri a porta e senti o cheiro dela por todo lugar.
Na cozinha lembrava da forma desastrada que ela tinha de lavar a louça e também na forma sedutora que tinha de me olhar enquanto eu preparava o almoço. Ela me olhava de uma forma que eu jamais esquecerei. Do mesmo jeito que jamais esquecerei da forma que ela pediu para eu amá-la pela primeira vez. Perguntei se ela tinha certeza e ela sorriu, encostou meu peito sobre o dela e me beijou de forma firme e suave, da mesma forma como nos amamos aquela noite. Fecho os olhos e posso ver todas as cenas, posso sentir o cheiro em todo local. Posso tudo, na imaginação. 
Ela me deixou. Acatou o meu pedido de ficar só e partiu. 
Que sorte a dela.

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© Podia ser cor de rosa • Ilustração por Juliana Rabelo Desenvolvimento com por