E lá vou eu de novo quebrando a cara e as minhas próprias regras por amar demais.
E lá vou eu de novo, me jogando, me entregando sem esperar nada em troca.
E é esse o problema - na verdade eu sempre espero.
Espero um "eu também", uma surpresa, um senti sua falta, uma mensagem de madrugada, uma presença que talvez não venha mais a ter. E aí eu choro. Choro de saudade, birra, de não saber por quê chorar. Choro pelo que imaginei, pela realidade, choro por querer que você queira o mesmo que eu, choro por não poder mandar na sua vontade.
Enquanto você ri da piada dos seus amigos eu adquiro rugas de tanto chorar. Meu nariz congestiona como linhas telefônicas na virada de ano.
Canto a música de Caetano pela milésima vez " De hoje em diante eu vou modificar o meu modo de vida ..." E modifico, até que o amor venha bagunçar tudo outra vez...
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